Encontrei uma pesquisa publicada no site da Forbes que me chamou atenção. Trata-se do resultado de testes realizados com profissionais de vários tipos para avaliar seus níveis de satisfação com seus empregos. O teste foi dirigido pela Pesquisa Geral Social da Organização Nacional para a Pesquisa da Universidade de Chicago. A pesquisa não fala dos critérios analisados, mas poderíamos supor alguns como valorização social, salário, jornada de trabalho, vocação, condições materiais, relacionamento pessoal, etc. Vale lembrar que estes resultados se referem aos norte-americanos, onde a pesquisa foi realizada.
No primeiro lugar da lista estão os clérigos. Interessante este resultado, pois ultimamente tenho visto os padres em geral tão ocupados com reuniões, compromissos, construções, papelada que eles não poderiam estar outra coisa senão – estressados. No entanto, não podemos nos esquecer que a vida de oração é o inegável suporte destes homens. Os outros resultados da lista me lembraram aquelas profissões que muitos sonharam ter, mas foram dissuadidos pela pressão por um bom salário.
Aqui em Brasília esta questão é muito mais intensa. Ou você passa num concurso público ou passa. Isso nos faz de certa forma prisioneiros de uma cultura. É por isso que em geral, quando as pessoas vêm a Brasília, percebem certa esterilidade na cidade. São quase todos empregados públicos. O que temos de riqueza cultural, na minha opinião, vem dos imigrantes de outros estados. Estes ocupam postos menos valorizados, mas têm certa possibilidade de criar, de acrescentar, de ser e de fazer a cidade um pouco mais colorida.
Sobre a minha profissão – bibliotecário – não posso dizer muita coisa, pois acabo de me formar, mas só posso dizer que fui parar neste mundo porque Deus me conhece muito bem. Gosto de pesquisar, gosto de ler, gosto de lidar com pessoas e, acima de tudo, gosto de silêncio. Então foi, como dizem, amor a primeira vista.
Voltando à pesquisa, seguem os resultados coletados:
1. Clérigos: Os menos mundanos de todos foram considerados os mais felizes;
2. Bombeiros: Oitenta por cento dos bombeiros se consideraram “muito satisfeitos” com seus empregos, que envolve ajudar pessoas;
3. Fisioterapeutas: O auxílio a quem necessita e a interação social fazem deste trabalho um dos mais felizes;
4. Escritores: para a maioria dos autores o salário é ridiculamente baixo ou inexistente. Porém, a autonomia de se escrever o que vem na cabeça aparentemente os leva à felicidade;
5. Professores de Educação Especial: se você não liga para dinheiro, um emprego de professor de educação especial poderia ser uma profissão satisfatória. A média salarial está em média abaixo dos 50 mil dólares anuais.
6. Professores: professores em geral informam que estão felizes com seus empregos apesar dos assuntos em debate como o fundo para a educação e as condições de sala de aula. A profissão continua atraindo jovens idealistas, ainda que cinquenta por cento dos novos professores deixem o ensino dentro de cinco anos.
7. Artistas: escultores e pintores relatam alta satisfação com seus empregos apesar das enormes dificuldades em se ganhar a vida disso.
8. Psicólogos: os psicólogos podem ou não ser capazes de resolver os problemas dos outros, mas parece que eles conseguiram resolver os problemas deles mesmos.
9. Agentes de serviços financeiros de vendas: sessenta e cinco por cento dos agentes de serviços financeiros de vendas relataram estar felizes com seus empregos. Provavelmente porque alguns deles podem receber em média mais de 90 mil dólares por ano. Isso para uma jornada de 40 horas semanais em um confortável clima de escritório.
10. Engenheiros operacionais: brincando com brinquedos gigantescos como escavadeiras, retroescavadeiras, raspadeiras, motoniveladoras, pás, gruas, grandes bombas e compressores de ar pode ser divertido. Com mais vagas para engenheiros operacionais que candidatos qualificados, estes profissionais dizem estar mais felizes.
Fotos: Forbes
E a sua profissão? Você se considera feliz nela?